Limite do MEI em 2025: quanto posso faturar sem sair do regime?

Se você é MEI, saber exatamente quanto pode faturar evita multas, perda de benefícios e desenquadramentos de surpresa. Em 2025, o teto geral permanece R$ 81.000/ano (proporcional no ano de abertura). Existe ainda um teto especial para o MEI Caminhoneiro e projetos em tramitação no Congresso que podem ampliar os limites tradicionais — mas ainda não estão valendo. A seguir, um guia direto: teto atual, o que fazer se passar do limite e o que pode mudar.

1) Qual é o limite do MEI em 2025?

• MEI (geral): R$ 81.000/ano (em 2025). No ano de abertura, o teto é proporcional aos meses restantes (R$ 6.750 por mês). Ex.: abriu em junho → 7 meses × R$ 6.750 = R$ 47.250 até dezembro. (Base: Portal do Empreendedor e Perguntas e Respostas do Simples.)

• MEI Caminhoneiro (transportador autônomo de cargas): R$ 251.600/ano, com contribuição previdenciária de 12% no DAS (regras próprias).

Atenção: limites “em discussão” no Congresso não valem até que virem lei e sejam regulamentados. Veja o status mais abaixo.

2) Ultrapassei o limite. E agora?

A regra muda dependendo do quanto passou:

a) Excesso de até 20% (faturou até R$ 97.200 no ano)

• Você permanece MEI até 31/12 do mesmo ano.

• Deve comunicar o desenquadramento no Portal do Simples; os efeitos passam a valer a partir de 1º de janeiro do ano seguinte. (Manual oficial do Desenquadramento do SIMEI/Receita.)

b) Excesso acima de 20% (faturou mais de R$ 97.200)

• O desenquadramento é retroativo ao início do ano em que ocorreu o excesso.

• Você deve comunicar no Portal do Simples até o último dia útil do mês seguinte ao excesso e recalcular tributos devidos como ME desde janeiro. (Receita/Manual do Desenquadramento).

Dica prática: A própria Receita informou em 2025 possibilidade de até três pedidos de desenquadramento (com condições). Planeje com seu contador para não errar prazos.

3) Passo a passo quando o limite estoura

1. Some o faturamento acumulado no ano e identifique a faixa (até 20% ou acima).

2. Informe o desenquadramento no Portal do Simples (com a data do fato).

3. Simule a tributação como Microempresa (ME) (Simples Anexo/aliquotas) para saber diferenças retroativas (se acima de 20%).

4. Acerte o DAS (e, se aplicável, DARFs complementares) com apoio contábil. (Guia técnico e artigos de apoio.)

   
   

4) O que está em discussão no Congresso (não vigente até hoje)

Em 2025, avançaram propostas para elevar o teto do MEI ou criar faixas intermediárias:

• “Super MEI” (R$ 140 mil): aprovado em comissão no Senado (CAS); propõe faixa de contribuição intermediária (8% do salário mínimo). Ainda em tramitação.

• PLP 67/2025 (R$ 150 mil): aprovado em comissão na Câmara; prevê também reajuste anual automático do limite. Ainda em análise.

Resumo honesto: até a data desta publicação (5 nov 2025), nada mudou para o MEI geral — o limite segue R$ 81 mil. Se virar lei, a Adiv atualiza este guia.

5) Exemplos rápidos (para não errar)

• R$ 90 mil no ano → excesso até 20%. Continua MEI até dezembro; desenquadra a partir de 1º/01.

• R$ 110 mil no ano → excesso acima de 20%. Desenquadramento retroativo a 1º/01; refaz cálculos como ME do ano todo.

• Caminhoneiro autônomo faturando R$ 200 mil → dentro do teto especial (R$ 251,6 mil).

6) Checklist Adiv para quem está perto do limite

• Projeção mensal: planeje o fluxo para não estourar sem perceber.

• Emitiu muita nota em um mês? Recalcule o ano acumulado.

• Na “boca” do limite? Avalie antecipar a migração para ME para evitar retroatividade.

• Converse com a Adiv: simulamos cenários de regime, carga tributária e preço para você crescer com segurança.

Passar do limite do MEI não precisa virar dor de cabeça. Com os números na mão e orientação certa, dá para planejar a transição sem multas nem sustos — e até crescer com segurança.

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