7 passos para separar suas finanças pessoais das da empresa
24 de nov. de 2025
Por que separar as finanças pessoais e da empresa é tão importante?
Quando o dinheiro da empresa e o seu se misturam, tudo fica confuso:
você não sabe se a empresa dá lucro;
não enxerga se está “tirando demais” do caixa;
tem dificuldade para planejar investimentos e pagar impostos.
Pior: essa bagunça financeira é um dos motivos que mais levam pequenos negócios ao endividamento e ao fechamento precoce. Separar as finanças não é frescura de contador — é questão de sobrevivência do negócio e de paz mental para o dono.
A boa notícia? Dá para começar essa organização em passos simples, mesmo que hoje esteja tudo misturado.
Passo 1: abra (e use de verdade) uma conta PJ
O primeiro passo é ter uma conta bancária em nome da empresa (PJ).
Por quê?
Facilita controlar entradas e saídas do negócio;
Ajuda a comprovar faturamento em pedidos de crédito;
Evita “sumir” dinheiro da empresa sem perceber.
Na prática:
deixe todas as vendas caírem na conta PJ;
pague fornecedores, impostos e despesas do negócio sempre por ela;
evite receber vendas na sua conta pessoal, mesmo que “só por enquanto”.
💡 Se hoje você usa só conta pessoal, defina uma data para virar a chave. A partir daquele dia, tudo da empresa passa pela conta PJ.
Passo 2: defina um pró-labore fixo para você
Se você “vai pegando dinheiro da empresa” quando precisa, nunca vai saber se o negócio é realmente lucrativo.
O ideal é definir um pró-labore:
é o “salário” do sócio que trabalha na empresa;
é fixo (ou ao menos previsível);
é contabilizado todo mês como despesa da empresa.
Como começar na prática:
Veja quanto a empresa consegue pagar sem ficar sufocada;
Defina um valor inicial realista (mesmo que menor do que você gostaria);
Todo mês, no mesmo dia, transfira o pró-labore da conta PJ para a conta pessoal.
Assim, tudo que você usar para despesas pessoais sai do seu pró-labore, e não do caixa da empresa “no improviso”.
Passo 3: controle a retirada de lucros (não é tudo seu!)
Além do pró-labore, a empresa pode gerar lucros. Mas cuidado: lucro não é “saldo da conta”.
Em um modelo saudável:
primeiro, a empresa paga todas as despesas e impostos;
reserva uma parte para caixa e investimentos;
só então avalia se há lucro disponível para distribuir aos sócios.
Dicas práticas:
defina uma periodicidade para distribuir lucros (mensal, trimestral etc.);
não retire “tudo que sobrar”;
registre as retiradas como distribuição de lucros, separadas do pró-labore.
Isso evita que você “coma” dinheiro que a empresa precisaria para crescer, pagar impostos futuros ou segurar uma queda no faturamento.
Passo 4: organize um fluxo de caixa simples (mas diário)
Separar finanças também é questão de rotina. Um fluxo de caixa simples já resolve grande parte do problema.
O que registrar:
Entradas: vendas, recebimentos de clientes, outros créditos;
Saídas: custos (mercadoria, insumos), despesas fixas (aluguel, internet), impostos, pró-labore, retiradas de lucro.
Pode ser em:
uma planilha simples;
um aplicativo financeiro;
um sistema de gestão, se fizer sentido.
O segredo está aqui:
Fluxo de caixa só funciona se você atualizar todo dia (ou pelo menos toda semana).
Sem isso, você volta a misturar tudo porque “não sabe” quanto tem disponível.
Passo 5: crie regras claras para gastos pessoais
Não adianta ter conta PJ e pró-labore se você:
paga mercado, streaming e pizza na conta da empresa;
usa o cartão PJ na farmácia e combustível pessoal;
mistura compras da casa com compras da empresa.
Regras simples que ajudam:
compras da casa sempre no cartão pessoal;
compras da empresa sempre na conta ou cartão PJ;
se faltar dinheiro na pessoa física, faça uma retirada de lucro ou ajuste de pró-labore, nunca passe direto no cartão da empresa.
Disciplina aqui é fundamental. Cada exceção vira um “buraco” na organização.
Passo 6: planeje um “salário” para a empresa também
Além do seu pró-labore, a empresa também precisa de uma espécie de “salário”:
reserva para impostos futuros;
reserva para 13º, férias de funcionários, se houver;
fundo para investimentos (equipamentos, reforma, marketing).
Uma boa prática é definir percentuais do faturamento:
X% para custos;
Y% para despesas fixas;
Z% para impostos;
W% para reserva de caixa e investimentos;
o restante para pró-labore e lucros.
Essa lógica, muito usada em materiais de educação financeira empresarial, ajuda você a sair do modo “apaga-incêndio” e entrar no modo gestão consciente.
Passo 7: peça ajuda de um contador para estruturar tudo
Você não precisa virar especialista em finanças para organizar a vida da empresa. Mas precisa de boas orientações.
Um contador pode te ajudar a:
separar corretamente pró-labore, lucro e despesas da empresa;
definir uma forma saudável de retirada de valores;
montar um fluxo de caixa simples, alinhado com a realidade do seu negócio;
avaliar se o seu regime tributário e o seu CNAE fazem sentido para o que você fatura e gasta.
Na Adiv, por exemplo, a conversa sobre separar finanças pessoais e empresariais faz parte do atendimento do dia a dia. Não é só número: é visão de crescimento, segurança e tranquilidade financeira para o dono.
Conclusão: separar finanças é uma decisão diária
Separar finanças pessoais e da empresa não é uma mudança que acontece em um dia só. É um conjunto de decisões diárias:
usar a conta PJ de verdade;
respeitar o pró-labore;
planejar retiradas de lucro;
manter o fluxo de caixa em dia;
ter disciplina com o cartão da empresa.
Com isso, você ganha clareza sobre o negócio, se organiza para crescer e reduz o risco de endividamento.
Se hoje está tudo misturado, não se culpe. Comece com um passo, depois outro — e, se precisar, peça ajuda. Você não precisa fazer isso sozinho.
👉 Quer ajuda para organizar as finanças da sua empresa e separar de vez o que é seu do que é do CNPJ?
Fale com a Adiv pelo WhatsApp e conte em poucas linhas como está sua situação hoje. A gente te responde de forma simples, sem julgamento e sem “contabilês”.
Adiv Asessoria Contábill
desenvolvido por
