Contas da empresa e pessoais: como separar de uma vez por todas.
22 de set. de 2025
Quem começa a empreender costuma “quebrar o galho” usando a mesma conta para tudo. Mas, com o tempo, isso vira um problema: você perde a visão do caixa, corre riscos legais e ainda dificulta o acesso a crédito. Neste guia rápido e prático, explicamos por que separar as finanças e como implementar essa separação com rotinas simples que cabem no dia a dia.
Por que separar as finanças?
1) Decisões melhores e menos endividamento
Quando vida pessoal e empresa se misturam, é comum confundir lucro com saldo de conta, tirar dinheiro “no improviso” e perder o controle do caixa — terreno fértil para erro e endividamento. Separar as contas dá clareza para planejar, precificar e investir com segurança.
2) Risco jurídico: “confusão patrimonial”
Misturar bens e recursos pode caracterizar confusão patrimonial, hipótese prevista no art. 50 do Código Civil para desconsideração da personalidade jurídica — quando dívidas da empresa “atingem” os bens dos sócios. Separação e registros adequados reduzem esse risco.
3) Fluxo de caixa sob controle
Com contas segregadas, o fluxo de caixa mostra a realidade do negócio (entradas, saídas e necessidade de capital). Isso facilita decisões e evita surpresas no fim do mês.
4) Mais crédito e melhores taxas
Histórico financeiro organizado, conta PJ e dados consistentes ajudam o mercado a avaliar sua empresa — o que abre portas para linhas de crédito e condições melhores (inclusive via open banking/score PJ).
Boas práticas (implementação simples)
Abra e use só a conta PJ para receitas e despesas do CNPJ (emissor de boletos/Pix no nome da empresa, facilitação da contabilidade e comprovações ao Fisco).
Defina um pró-labore fixo (remuneração do(s) sócio(s) que trabalham no negócio) e evite retiradas aleatórias.
Reembolso documentado: se pagar algo pessoalmente pela empresa, peça nota fiscal no CNPJ e faça reembolso registrado — em vez de “misturar” na conta. (Boa prática de controle recomendada por materiais Sebrae.)
Fluxo de caixa diário: registre entradas/saídas e projete próximos dias/meses.
Cartão corporativo e política de adiantamentos: concentre despesas da empresa e formalize quaisquer adiantamentos/vales com recibos. (Organização e rastreabilidade reforçadas pelo Sebrae.)
Passo a passo para separar “de vez”
Mapeie todas as entradas/saídas atuais (pessoais e da empresa).
Abra/ativa a conta PJ e migre recebimentos (boletos/Pix) e pagamentos (fornecedores/tributos) da empresa.
Defina pró-labore mensal e data única de pagamento (ex.: dia 5).
Implemente reembolso com nota fiscal e registro contábil.
Crie rotina de fluxo de caixa (diário/semana): atualize, projete e ajuste.
Revise preços e metas usando os números “limpos” da empresa.
Erros comuns (e como evitar)
Usar o saldo da empresa para contas pessoais “porque sobrou” → formalize pró-labore e mantenha disciplina.
Misturar compras (mercado/casa) no cartão PJ → cartão corporativo só para custos do negócio.
“Tirar e depois repor” sem registro → gere reembolso documentado; nada de caixa-preta.
Não registrar o fluxo → falta de dados = decisões no escuro.
Ignorar o risco jurídico da confusão patrimonial.
Separar as finanças não é frescura, é proteção do seu patrimônio, mais crédito e decisões melhores. Se você quer implementar essa separação com um passo a passo adaptado ao seu caso, a Adiv te ajuda a organizar contas, pró-labore, reembolsos e fluxo de caixa — tudo de forma simples.
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